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segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Prólogo: O passado assombroso de Teryon.

Capítulo 1: Memórias Sombrias

Teryon caminhava calmamente pela cidade adormecida, já era de noite e todos estavam dentro de suas casas, ou dormindo ou jantando na sala sozinha ou com parentes e amigos. Os habitantes daquela cidade em sua grande parte eram camponeses, os campos ficavam a apenas 1 hora da cidade facilitando a vida de todos. Mas nem todos da cidade eram camponeses, havia donos de hotéis, donos de bares, costureiros, escritores, músicos e comerciantes. Na verdade a maioria dos comerciantes vinha de outras cidades para vender seus itens ou trocá-los pelos de outros comerciantes. A cidade era o maior centro de comércio do mundo inteiro, comerciantes do Oriente e do Ocidente estavam ali, alguns ficavam por lá mesmo e montavam suas lojas. Vários comerciantes trocavam suas vidas de viajantes pela de simples cidadãos, passando a serem donos de grandes hotéis ou até mesmo simples tecelões.

A cidade era um dos projetos mais ambiciosos do governo. A cidade fora construída pelo governo para lhes render muito dinheiro, as taxas cobradas dos habitantes eram absurdas porem não tinha nenhum problema nisso uma vez que a maioria dos habitantes tinha grandes riquezas e eram muito famosos.

A maioria das construções era de pedra, as únicas que eram feitas de madeira eram os armazéns externos da cidade, ao todo haviam 100 deles espalhados pela cidade, tendo também um armazém interno que ficava em baixo do internato da cidade, a principal escola de magia da região.

No meio da cidade havia uma estatua gigantesca de aproximadamente 70 m de altura e que podia ser avistada desde antes dos campos de plantio. Ela era feita de mármore e tinha a forma de um humano alado segurando uma espada, os olhos do gigante eram feitos de esmeralda, suas asas tinham penas douradas e sua espada era feita de quartzo. O humano alado que era na verdade um demônio era Teryon.

Antes de seguir seu caminho Teryon olhou para a estátua. Ela lhe fazia se lembrar de seu passado. Seu tenebroso passado, desde a época em que ele era um simples humano, até aquele momento. O demônio decidiu se sentar um pouco e se recordar de tudo que lhe acontecera. A partir daquele momento tudo poderia mudar, mas Teryon não sabia disso.

465 antes do começo do livro.

Teryon havia deixado de ser um humano há muito tempo, quando ainda tinha 15 anos , mas muito antes disso , quando ele ainda tinha apenas 8 anos , seu pai tivera alucinações e começou a achar que podia ver o futuro, então em um dia tenebroso, com uma chuva que inundava as estradas seu pai, Dolón, que tinha 47 anos e previa o futuro, tinha ido dormir um pouco já que com aquela chuva não poderia ir para o trabalho. Ao dormir, ele tivera um sonho que mais tarde se tornaria realidade.

Ele viu seu filho com asas negras como as dos demônios, segurando uma espada que tinha um brilho negro, alem disso, seu filho estava com uma metade de seu cabelo vermelho. O sonho não parou por ai, ele ainda conseguiu ver seu filho junto de um anjo que tinha longos cabelos loiros e uma mulher, que na verdade era um robô, com um cabelo ruivo chegando até os ombros e segurando firmemente uma pistola. 22 que parecia ser a única arma que ela tinha.

Os três estavam caminhando em direção a um espaço em que se podia ver luz, estavam em uma caverna e estava muito escuro, haviam tochas presas a parede mas não havia iluminação suficiente.La em baixo não parecia ter um clima agradavel,tudo estava congelado, desde as paredes onde ficavam as tochas até o chão com o carvão resultante da queima do objeto de iluminação.

O mundo dos sonhos ou mundo imaginario era uma das camadas do mundo espiritual, a mais interessante talvez. Uma vez no mundo dos sonhos não tem como se saber o que ira acontecer, você pode ter uma visão do futuro, se recordar de alguma coisa ou imaginar algo inexistente. Os estudos mais avançados sobre esse mundo dizem que o que você vai ver enquanto estiver por lá já foi pré-denominado antes mesmo dos humanos nascerem, estes mesmos estudos dizem que uma vez dentro de qualquer uma das camadas do mundo espiritual (a Terra fica no físico) é possível achar portas para os “sonhos”, mas não se sabe se estiver dentro daquele mundo é diferente de ter um sonho.

Desde criança Teryon tinha cabelos longos e brancos, raramente ele os cortava e mesmo nessas raras situações seus fios saiam quase intactos. Por isso Dólon não conseguiu entender o que era aquela visão do filho com metade do cabelo vermelho, a explicação que ele usou para isso era a de que seu filho havia pintado o cabelo. Sim, estava claro que aquela era a única explicação. Ou talvez nem tão claro assim.

O tempo no mundo imaginario passava muito lentamente, por exemplo, Dólon estava dormindo ja tinham duas horas mas para ele haviam sido só cinco minutos. Mas isso foi tempo suficiente para ele perceber que sua teoria sobre a cor do cabelo do seu filho estava errada. A garota havia começado a falar, suas palavras estavam sendo dirigidas á Teryon.

- Muito inocentes foram mortos por sua espada, Teryon – os três tinham parado e Teryon olhava diretamente para ela.

-Não me importo – disse o demônio – quem tem que se preocupar com isso é eles mesmo, eles haviam prendido os dois.E tem mais, eu mato quem eu quiser e ninguém pode mudar isso. Nem um simples robô como você Maria.

Maria, esse era o nome da garota-robô.Nela era possivel perceber um olhar de desprezo agora, obviamente por causa da resposta que recebera, a qual não era nada parecida com a que esperava, talvez ela já soubesse qual seria a resposta, mas seus princípios lhe obrigaram a falar para Teryon aquilo, já que afinal, era verdade.

- Não fale assim com ela Teryon – agora era o garoto falando, ele parecia muito calmo pelo seu tom de voz, mas sua expressão mostrava que não era bem assim – não irei permitir que fale assim, Maria é minha amiga desde que sou um garotinho. Se você continuar assim eu vou ter que lutar com você – neste ponto começaram a cair lagrimas dos olhos de Maria- do mesmo jeito que você se transformou em um demônio eu me transformei em um anjo, ou semi-anjo como você diz. Não iríamos ganhar nada com uma luta mas se for para fazer você ter bons modos não iria me importar.

-Olhe como você fala. Nós dois podemos ser celestes, mas eu consegui minha completa transformação em demônio e você é somente um semi-anjo. Em uma luta entre nós dois você não teria nenhuma chance. – o demônio estava com muita raiva, por um instante pareceu que ali seria travada uma feroz luta, mas então os dois se acalmaram e continuaram seu trajeto.

A verdade é que o cabelo de Teryon estava vermelho por causa do sangue que jorrou das pessoas que ele matou. No momento em que Dólon percebeu isso ele acordou. Ele tinha certeza de que aquilo não tinha sido um sonho, mas sim uma visão.

Capítulo 2: A morte de Dólon.

Dólon amava muito seu filho, mas mesmo assim não queria que pessoas inocentes morressem. Então ele saiu em disparada pela casa até o quarto do filho pois este devia ser morto antes que outras pessoas inocentes fossem.

O pai se sentia culpado, tanto por ter trazido o filho ao mundo e por ter que tira-lo deste tão cedo. Mas assim era melhor, ele poderia se odiar para o resto de sua vida, mas viver sabendo que seu filho é um assassino era pior que isso, muito pior.

Ao chegar ao quarto de Teryon, Dólon viu que seu filho estava adormecido. Assim seria mais fácil, ele não iria precisar ouvir seu filho pedindo piedade. Sua consciência já estava muito pesada, qualquer coisa que alguém falasse poderia lhe fazer mudar de idéia.

O assassino aproximou as suas mãos de sua presa. Calmamente ele, pois suas mãos em volta pescoço do inocente garoto. No mesmo segundo que Dólon começou a pressionar o pescoço de Teryon ele foi arremessado na parede que ficava do outro lado do quarto com tanta força que só

Asas negras, longos cabelos ruivos, uma espada presa na cintura e uma luza negra emanando de seu corpo. Essas eram as características da pessoa que salvara o garoto adormecido de um cruel destino. Ele era um demônio e demônios não salvam vidas humanas, eles tiram vidas humanas... A não ser que o soberano do inferno, Lúcifer o arcanjo expulso do céu, desse alguma ordem.

Dólon era muito frágil, ele não era muito forte e seus ossos eram fracos. Um simples soco em suas costelas poderia lhe fazer gritar de dor e se fosse jogado contra uma parede ele teria quase todos os seus esmagados e provavelmente isso iria matá-lo. Iria matá-lo.

Teryon despertou de seu sono repentinamente, quase como se tivesse saído de um pesadelo que o assombrava há muito tempo. O demônio quase se assustou, mas seus instintos lhe salvaram de tal humilhação.

O garoto observava a cena. Um demônio sobrevoava sua cama e a parede que dava do seu quarto para a sala havia sido destruída. Havia uma pessoa morta entre os escombros da parede caída. Ele estava se esforçando para descobrir quem havia morrido, tentando juntar os pedaços visíveis do corpo e se lembrar de alguém. Não tardou para que seu pai fosse reconhecido, quando as paredes caíram ,elas esmagaram Dólon quebrando todos os seus ossos e jorrando sangue por toda a parte.

Teryon não estava chorando ou assustado demais para conseguir chorar. Ele estava sorrindo, talvez aquele tenha sido o sorriso mais cruel que poderia existir. O sorriso foi seguido de uma risada, tão assustadora quanto o sorriso. O garoto tinha acabado de provar que ele não tinha sentimentos e que ele já não era mais um humano. Como alguém poderia sorrir vendo seu pai morto pelos escombros de uma parede?

O alado que ficara só observando a reação do garoto havia ficado feliz. Lúcifer estava certo, o garoto realmente era totalmente desprovido de emoções. O demônio recolheu suas asas para poder descer ao chão, agora era hora de falar com o garoto.

- Você está bem garoto? Chocado ou assustado?

- Quem é você? Eu não me lembro de já ter visto algum demônio antes.

O garoto estava sendo fitado pelo alado. Ele já tinha aquela resposta há muito tempo, ele já conhecia bem o mundo dos humanos e sabiam que não era normal ver demônios por lá. O demônio ia começar a falar, mas Teryon se precipitou.

- Qual o seu nome e por que está aqui?

- Me chamo Heléu, estou aqui por ordens do soberano do inferno, Lúcifer. Minha tarefa era manter você vivo. Ele tem planos para você, mas não tenho permissão de dizer que planos são esses. Mas que tal você me dizer seu nome?

O recém acordado não queria falar ainda. Estava digerindo as informações que acabara de receber, se lembrando de quem era Lúcifer, o que eram os demônios e imaginando qual seriam os planos que envolvia ele.

- Meu nome é Teryon. Vejo que meu pai este morto e como você é a única pessoa no quarto alem de mim presumo que tenha sido você.

- Se fui eu ou não isso não interessa – disse o demônio, quase como se ele estivesse tentando se mostrar inocente – agora que eu te salvei não preciso mais ficar por aqui. Os demônios não gostam do plano físico, ele tem cheiro de enxofre por toda parte.

- Espere um momento, agora que meu pai morreu como eu vou ganhar dinheiro e comida? Eu não cheguei a aprender o oficio de meu pai, mesmo estando livre pelo mundo não tenho como sobreviver sem nenhum alimento.

- Eu não tenho como resolver isso, talvez você ache um jeito. Tente roubar ou matar talvez. Eu não sou um especialista em assuntos do mundo humano, mas eu acho que varias pessoas sobrevivem de modos desonestos. Você ira encontrar um jeito, mas agora eu tenho que ir.

Antes que Teryon pudesse falar alguma coisa o demônio já havia desaparecido, ele havia chegado despercebido e saído de forma semelhante. Demônios não ajudam humanos, a não ser que Lúcifer desse uma ordem. Mas se Lúcifer deu a ordem isso significava que o garoto era importante para ele, não é qualquer pessoa que o soberano do inferno vai querer salvar, pois se fosse, o mundo seria mais justo do que realmente era.

Teryon arranjou alguns alimentos que existiam na casa e decidiu partir para a cidade mais próxima, que ficava a 3 horas de viajem dali. Os arranjos para a viajem foram feitos rapidamente e depois de uma boa refeição preparada por ele mesmo, Teryon saiu de sua casa, aquele era o tumulo de seu pai e por mais que aquilo não lhe incomodasse alguns espíritos poderiam lhe incomodar por uns dias.

O garoto não tinha aprendido o oficio de seu pai, mas fora vezes suficientes em seu trabalho para poder decorar o caminho para a cidade. Havia uma grande parte pela floresta e só no final começava a aparecer à estrada. Se Teryon não estivessem com vontade de fazer mesmo parte do plano de Lúcifer ir para aquela cidade seria a pior coisa que ele poderia fazer. Mas isso não era o problema, talvez se o plano fosse apresentado a ele naquele tempo Lúcifer teria perdido sua maior chance, mas o demônio sabia disso e decidiu aguardar algum tempo, tempo suficiente para o garoto tiver gosto em matar.


A cidade ainda estava sendo construída, antes dela não havia nada naquela região, a não serem alguns campos de plantio usados por pequenas vilas, como a que Dólon nascera. A construção da cidade havia começado há 10 anos, o projeto era muito famoso, pois envolvia a construção de grandes hotéis, teatros além de passar a ser o maior centro de comércio do mundo. Ainda havia alguns rumores de que seria construído um internato, que seria a maior escola de magia que existiria pela região.

Os rumores eram verdadeiros, pois vários magos já viviam na cidade inacabada, pois haviam sido chamados pelo governo para darem aulas no futuro internato. Mas alguns magos que esperavam serem chamados acabaram não sendo e vários desses decidiram ir até a cidade e estragar os planos do governo, iriam se juntar e declarar guerra contra todos os moradores da cidade. Alguns magos poderosos como Borân o mago das ilusões, Creta o rei do fogo e Tesla a rainha das tempestades já estavam na cidade criando as estratégias para sua futura guerra contra o governo. A guerra viria acontecer e nosso protagonista iria estar nela.

Capítulo 3: As crônicas de um assassino.

Teryon chegou na cidade mancando.Logo que ele entrou na floresta começou a chover e ele teve que se abrigar em uma concavidade de uma rocha. Durante uma hora ele aguardou pacientemente para que a chuva parasse mas isso estava demorando mais do quê ele esperava. Alguns lobos que estavam caçando perto do abrigo rochoso sentiram o cheiro do garoto e foram procurar o lugar de onde vinha o cheiro. Enquanto Teryon tentava dormir para esperar o fim da chuva os lobos o acharam e sem serem discretos atacaram a presa certos de que ele já estava morto. Teryon acordou no mesmo instante em que lhe morderam a perna esquerda, ele conseguiu salvar a perna mas o sangramento e a dor eram inevitáveis. Os lobos foram agredidos por uma adaga que estava cortando o ar em uma tentativa de espantar os animais. Vendo que o truque da adaga não tinha dado certo a presa decidiu trocar a estratégia ; ele iria atacar os predadores de verdade. Com um único brandir de sua adaga Teryon matou dois deles, um ele havia cortado a jugular e o outro ele perfurou o coração, vendo que estavam sendo atacados ferozmente pela presa os lobos saíram em disparada para conseguirem escapar da morte.

Teryon caminhou até uma casa com o letreiro pela metade, "Casa do Lugenberg"era o nome do lugar. Ele bateu na porta e esperou.Alguns minutos depois uma pessoa abriu a porta, era bem velho, seus cabelos grisalhos chegavam até os joelhos e sua barba era trançada.Seu rosto era cheio de verrugas,seus olhos eram verde-musgo e usava uma uma túnica branca que chegava até os seus pés, provavelmente havia sido feita por encomenda quando ele ainda era jovem. Usava também sandalhas de couro e só de olhar para elas um arrepio percorria o corpo ; ele não tinha o dedão do pé esquerdo e 3 dedos do direito, o do meio, o dedão e o indicador.

- Pois não, o quê você quer ? - perguntou o velho, sua voz era alta fazendo parecer que ele era surdo e gritava para tentar se ouvir.

- Procuro por Lugenberg, ele era um grande amigo de meu pai. - o garoto parecia assustado, nunca antes havia visto uma figura tão estranha antes, mas logo depois ele ficou calmo.Se o velho não cooperasse ele sabria o que fazer.

- Não precisa dizer - o velho parecia mais feliz agora, uma boa memória percorria-lhe a cabeça - você é o filho de Dólon certo ? Que boas lembraças da época em que trabalhavamos juntos. Mas me diga garoto, o que lhe traz aqui ?

- Meu pai foi morto por um demônio... - Ele começava a chorar, só de se lembrar da figura do pai esmagado pelos escombros da parede ja lhe assustavam, mas isso tinha que ser enfrentado. Aquilo era irreversível, a morte era inevitavel. Essa lembraça tinha que ser esquecida, o mais rapido o possível, e isso não era díficil, pelo menos não para Teryon.

- Morto ?! - agora era a vez do velho chorar.Dólon seu melhor amigo estava morto, e fora morto por um demônio, seres que obedeciam diretamente a Lúcifer - Não posso acreditar, o que Lúcifer estava penssando ao mandar demônios ao encalço de seu pai ? Ele pode ser o diabo mas não é incenssato, ele só mata pessoas que atrapalham seus planos. Não faz sentido.

O homem mal conseguia falar e as poucas palavras que eram pronunciadas de forma correta eram abafadas pelo barulho das ruas.

Continuo brevemente pessoal, tenho muitas coisas da escola para fazer.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

O passado assombro de Teryon


                                        Prólogo: O passado assombroso de Teryon.

Teryon caminhava calmamente pela cidade adormecida, já era de noite e todos estavam dentro de suas casas, ou dormindo ou jantando na sala sozinha ou com parentes e amigos. Os habitantes daquela cidade em sua grande parte eram camponeses, os campos ficavam a apenas 1 hora da cidade facilitando a vida de todos. Mas nem todos da cidade eram camponeses, havia donos de hotéis, donos de bares, costureiros, escritores, músicos e comerciantes. Na verdade a maioria dos comerciantes vinha de outras cidades e paravam por ali para reabastecer as reservas de alimentos para a viagem.

A cidade era um dos projetos mais ambiciosos do governo. A cidade fora construída pelo governo para lhes render muito dinheiro, as taxas cobradas de quem moravam ali

Era absurdas porem não tinha nenhum problema nisso uma vez que a maioria dos habitantes tinha grandes riquezas e eram muito famosos.

A maioria das construções era de pedra, as únicas que eram feitas de madeira eram os armazéns externos da cidade, ao todo haviam 100 deles espalhados pela cidade, tendo também um armazém interno que ficava em baixo do internato da cidade, a principal escola de magia da região.

No meio da cidade havia uma estatua gigantesca de aproximadamente 70 m de altura e que podia ser avistada desde antes dos campos de plantio. Ela era feita de mármore e tinha a forma de um humano alado segurando uma espada, os olhos do gigante eram feitos de esmeralda, suas asas tinham penas douradas e sua espada era feita de quartzo. O humano alado que era na verdade um demônio era Teryon.

Antes de seguir seu caminho Teryon olhou para a estátua. Ela lhe fazia se lembrar de seu passado. Seu tenebroso passado, desde a época em que ele era um simples humano, até aquele momento. O demônio decidiu se sentar um pouco e se recordar de tudo que lhe acontecera. A partir daquele momento tudo poderia mudar, mas Teryon não sabia disso.

465 antes do começo do livro.

Teryon havia deixado de ser um humano há muito tempo, quando ainda tinha 13 anos , mas muito antes disso , quando ele ainda tinha apenas 5 anos , seu pai tivera alucinações e começou a achar que podia ver o futuro, então em um dia tenebroso, com uma chuva que inundava as estradas seu pai, Dolón, que tinha 47 anos e previa o futuro, tinha ido dormir um pouco já que com aquela chuva não poderia ir para o trabalho. Ao dormir, ele tivera um sonho que mais tarde se tornaria realidade.

Ele viu seu filho com asas negras como as dos demônios, segurando uma espada que tinha um brilho negro, alem disso, seu filho estava com uma parte do cabelo vermelho. O sonho não parou por ai, ele ainda conseguiu ver seu filho junto de um anjo que tinha longos cabelos loiros e uma mulher, que na verdade era um robô, com um cabelo ruivo chegando até os ombros, ela também segurava firmemente uma pistola. 22 que parecia ser a única arma que ela tinha.

 Os três estavam caminhando em direção a um castelo feito de gelo com lindos detalhes e que provavelmente era 100 vezes maior que os castelos daquele tempo.

O mundo dos sonhos era uma das camadas do mundo espiritual, a mais interessante talvez. Uma vez no mundo dos sonhos não tem como se saber o que ira acontecer, você pode ter uma visão do futuro, se recordar de alguma coisa ou imaginar algo inexistente. Os estudos mais avançados sobre esse mundo dizem que o que você vai ver enquanto estiver por lá já foi pré-denominado antes mesmo dos humanos nascerem, estes mesmos estudos dizem que uma vez dentro de qualquer uma das camadas do mundo espiritual (a Terra fica no físico) é possível achar portas para os “sonhos”, mas não se sabe se estiver dentro daquele mundo é diferente de ter um sonho.

Desde criança Teryon tinha cabelos longos e brancos, raramente ele os cortava e mesmo nessas raras situações ele cortava pouco o cabelo. Por isso Dólon não conseguiu entender o que era aquela visão do filho com metade do cabelo vermelho, a explicação que ele usou para isso era a de que seu filho havia pintado o cabelo. Sim, estava claro que aquela era a única explicação. Ou talvez nem tão claro assim.

Dólon já estava imerso em seus sonhos há 2 horas, mas só há 5 minutos em seu sonho. Mas isso foi tempo suficiente para ele perceber que sua teoria sobre a cor do cabelo do seu filho estava errada. A garota havia começado a falar, suas palavras estavam sendo dirigidas á Teryon.